quarta-feira, 29 de abril de 2009

Galvão e Alusa confirmam projeto de novo estaleiro

A Galvão Engenharia e a Alusa oficializaram o interesse em instalar um segundo estaleiro em Pernambuco. O investimento seria de US$ 350 milhões (pouco menos de R$ 770 milhões, segundo cotação do dólar de ontem), com geração de 2.000 a 2.500 empregos, ocupando uma área de 75 hectares na Ilha de Tatuoca, Suape, onde já opera o Atlântico Sul (EAS). As obras seriam iniciadas no próximo ano, caso o estaleiro ganhe licitações que serão lançadas pela Petrobras, visando a exploração de petróleo do pré-sal.Um protocolo de intenções entre as empresas e o Estado foi assinado ontem em Houston, Estados Unidos, onde uma comitiva do governo do Estado apresenta as potencialidades de Suape para a indústria de petróleo e gás. O novo estaleiro teria uma capacidade menor que o Atlântico Sul e foco em sondas de petróleo e navios de apoio a plataformas. O estaleiro foi lançado da mesma forma como o Atlântico Sul. Nasce virtual, depende do sucesso nas licitações que serão lançadas pela Petrobras. Caso ganhe, leva à frente o empreendimento e se instala em Suape.“Foi um anúncio muito bom e agora vamos torcer para que eles ganhem essas encomendas”, afirmou o governador Eduardo Campos, logo após a apresentação oficial. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, Fernando Bezerra Coelho, Pernambuco disputou com os Estados de Santa Catarina, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. “A infra-estrutura de Suape pesou a favor, além da capacidade do Estado em estruturar programas de formação de mão de obra”, contou Coelho. Outro fator que ajuda na escolha do Estado foi o desconto de imposto de renda por fazer parte da área de abrangência da Sudene, pleito já oficializado pelo EAS.O novo estaleiro terá como parceiro tecnológico a empresa Single Buoy Mooring (SBM), presente em 15 países e especialista em plataformas de petróleo. Ainda participam da empreitada as coreanas Sungdong e Komac, atuando na definição do gerenciamento da construção e projeto. A previsão é que a construção demore de 12 a 15 meses e demande 1.000 profissionais na construção.Sempre otimista, Bezerra Coelho afirmou que outros grupos também estão interessados em construir estaleiros no Estado. “Temos o segundo estaleiro anunciado e um terceiro em negociação, que poderemos fazer um comentário dentro de 15 a 30 dias”, afirmou.O governo do Estado fez questão de destacar que os empreendimentos não se canibalizariam. “Eles não disputam entre si, são de perfis diferentes. Eles podem, inclusive, atrair juntos novas empresas para fornecerem e criar um cluster naval no Estado”, afirmou Eduardo Campos. O presidente do EAS, Ângelo Bellelis, não mostrou a mesma animação. “Não é completamente diferente. O nosso estaleiro está previsto para navios maiores, mas em alguma faixa vamos concorrer”, comentou. O EAS tem capacidade de processar 160 toneladas de aço por ano, enquanto o estaleiro da Alusa e Galvão Engenharia tem uma estimativa de 70 mil toneladas de aço por ano. http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/04/29/not_328445.php

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