sexta-feira, 10 de julho de 2009

Lojas âncoras com marca regional

Todo shopping precisa de uma loja âncora para criar um fluxo de público. Essas lojas, que se destacam por serem bem maiores que as outras, geralmente são ocupadas por marcas conhecidas nacionalmente. Mas, com a retração dos investimentos em expansão nas grandes redes por conta da crise financeira internacional, as cadeias de lojas locais estão ocupando esse espaço nos novos shoppings do estado.Muitos empreendimentos que estavam previstos para este ano e 2010 - boa parte deles nas regiões Sudeste e Sul - estão sendo adiados. Pelo menos oito projetos de empresas de shopping, como General Shoppings, BR Malls e Multiplan, foram engavetados. O motivo? Falta de âncoras. Para se ter idéia, a rede Lojas Americanas, que abriu 60 lojas em 2008, só confirmou 8 novas lojas para este ano. A Renner também seguia uma estratégia agressiva de expansão em 2008, com 15 inaugurações. Mas deve abrir somente 8 unidades neste ano. Outro exemplo é a Marisa, que investiu em23 lojas no ano passado. Em 2008, a rede planeja a abertura de 6 lojas.O Shopping Difusora, inaugurado em maio em Caruaru, previa uma unidade das Lojas Americanas como âncora. A rede, no entanto, desistiu do projeto meses antes da abertura do mall e, devido ao momento de crise, houve dificuldade em comercializar o espaço para outra rede nacional. "As grandes redes estão se segurando para abrir lojas, porque não sabem se, no momento atual, essas novas unidades lhe darão ganhos que compensem tal investimento", diz Paulo Oliveira, superintendente do Difusora. O jeito foi encontrar uma "solução caseira". O ponto foi oferecido ao Magazine Pérola, que é uma rede de Garanhuns. "Os produtos do Magazine completaram muito bem o mix do shopping", diz o superintendente do mall.Três das quatro âncoras do Shopping Costa Dourada, que será inaugurado em outubro deste ano, são redes pernambucanas. Além de uma unidade das Lojas Americanas (1,6 mil m2), o mall terá um hipermercado do Arco-Íris (3,4 mil m2), uma megaloja da Moda Mania (720 m2) e a loja de departamento A Nordestina (1,45 mil m2). Esta última veio para preencher a lacuna deixada pela Leader. O shopping dava como certa a abertura de uma unidade da rede carioca. "Recebemos a visita de vários diretores. Mas o processo de decisão deles está muito lento e não dava para esperar mais", conta Eduardo Cardoso. "Mostramos o espaço para os donos de A Nordestina, que atua em um segmento parecido ao da Leader, e rapidamente o negócio foi fechado", comenta. Para Cardoso, "como a economia do estado está melhor que em outras parte do país, por conta dos investimentos que estão chegando em Suape, as redes locais estão enxergando isso com mais velocidade. Estão aproveitando o momento de crise, para tomar os espaços que não estão sendo ocupados pelas grandes redes", diz ele. Na avaliação do diretor do Costa Dourada, quando passar a crise e essas grandes redes voltarem a investir, encontrarão um mercado bem mais competitivo na região. A rede A Nordestina, que tem o foco em confecçãoe produtos de cama, mesa e banho, está em franca expansão pela região. A cadeia tem apenas dois anos de atuação e já conta com 5 unidades no Recife, Natal e Salvador. Neste ano, além da unidade do Costa Dourada, serão inauguradas 6 novas lojas na capital baiana. "No final no ano passado, houve uma retração no consumo. Mas, desde o início deste ano, o nosso consumidor, que é principalmente a classe C e D, não parou de consumir. Nossas vendas só crescem", diz a proprietária Bárbara Montenegro.

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TRANSPORTE COLETIVOLicitação prevê melhorias e reajustePublicado em 08.07.2009Primeiro processo começa em setembro e exige mais qualidade das empresas de ônibus, que já anunciaram repasse dos custos para valor das passagensUma nova era no sistema de ônibus da Região Metropolitana do Recife deve começar em 2010. O Consórcio Grande Recife anunciou ontem que realizará em setembro a primeira licitação do setor. O resultado é que empresas que atuam nas mesmas linhas há 30 anos serão obrigadas a melhorar a qualidade do serviço, readequar trajetos e colocar ônibus mais modernos nas ruas. As mudanças devem gerar impacto no bolso dos passageiros com aumento das tarifas a partir do mês de janeiro do próximo ano.O edital não está pronto, mas as principais exigências a serem feitas já estão definidas. “Quem tiver mais tecnologia, conforto e acessibilidade vai receber mais pontos e, provavelmente, vai ganhar a licitação”, explicou o presidente do Consórcio Grande Recife, Dilson Peixoto. Sairá na vantagem, explica Dilson Peixoto, a empresa que oferecer veículos com suspensão a ar, recurso que atenua o sacolejo enfrentado pelos passageiros dentro dos coletivos.Atualmente, as empresas de ônibus trabalham em sistema de concessão, o que dificulta a possibilidade de o governo fazer exigências para garantir a melhoria do serviço. Daqui para frente, as viações terão de fazer a lição de casa para que o contrato, estipulado em dez anos, possa ser renovado por mais cinco. Serão obrigadas a tirar nota maior que sete nos quesitos satisfação do consumidor, segurança, confiabilidade e adequabilidade. A avaliação será feita pela população e pelo consórcio.O plano do Consórcio Grande Recife é redesenhar parte das linhas da cidade, dobrando o número de pessoas que utilizam o Sistema Estrutural Integrado (SEI), que permite pegar mais de um ônibus pagando uma só passagem. Os beneficiados pelo esquema passariam de 620 mil pessoas ao dia para 1,3 milhão.Um dos representantes do 1,8 milhão de pessoas que utilizam ônibus na Região Metropolitana do Recife todos os dias, o funcionário público José Alves, 56 anos, afirma que há muito espera melhorias. “É preciso dar melhores condições de trabalho aos funcionários e aparelhar os ônibus.”O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros (Setrans), Luiz Fernando Bandeira de Mello, afirma que a categoria apoia a licitação e as exigências, porém, adianta que elas podem gerar aumento da tarifa. “Se houver novas exigências, haverá aumento de custo.” Já o Sindicato dos Rodoviários afirma ser a manutenção do emprego uma das preocupações dos motoristas, caso alguma das 17 empresas do Grande Recife não vença a licitação.

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http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/07/08/not_338012.php

Bairro do Recife terá oito ruas revitalizadas

Edital de licitação para contratar empresa que fará a obra foi publicado no Diário Oficial de sábado. Se não houver contestação, a reforma começa no fim de setembro e deve terminar em abril de 2010Oito ruas do Bairro do Recife, na área central da cidade, terão o pavimento original recuperado e receberão luminárias novas. O edital de licitação para contratação da empresa que se responsabilizará pela obra foi publicado no Diário Oficial do último sábado. Os envelopes devem ser abertos no dia 8 de agosto. Se não houver contestação do resultado, a reforma começa no fim de setembro. A conclusão está prevista para abril de 2010.O projeto que será utilizado nas Ruas Vigário Tenório, Dona Maria César, da Assembléia, dos Arrecifes, Tomazina, Mariz de Barros e nas Travessas do Tuiuti e do Amorim é o mesmo elaborado pela equipe do ex-prefeito João Paulo. Durante o mandato, ele recuperou as Avenidas Cais da Alfândega e Alfredo Lisboa e as Ruas Madre de Deus, da Alfândega, Aluisio Magalhães, Aluisio Periquito e da Moeda.Na ocasião, o investimento total foi de R$ 2,1 milhões. O prefeito João da Costa disponibilizou mais R$ 1,4 milhão. As obras serão feitas através do programa Monumenta, do Governo do Estado com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa ainda destinará R$ 3,8 milhões para empréstimos, que serão utilizados na reforma de 22 imóveis do bairro. A homologação foi publicada no Diário Oficial durante a semana passada. A intenção da Prefeitura do Recife é aumentar o turismo na região, conhecida como Polo da Alfândega.As pessoas que trabalham na área vêem com ressalvas o projeto da Prefeitura. “Se há intenção de melhorar a urbanização, ótimo. Mas não basta reformar, é preciso dar condições para que a rua seja frequentada”, afirma o consultor gastronômico do boteco Burburinho, na Rua Tomazina, Ruben Grünpeter.Ele chama atenção para o potencial turístico do Bairro do Recife. “Como há poucas residências, não temos problema com o barulho que o bar gera, mas não há investimento na atração de turistas e os estabelecimentos vão fechando ou reduzindo de tamanho para poder sobreviver. A queda de mão de obra por aqui é brutal”, explica.O empresário Reginaldo Torres, 48 anos, dono de um bar na Rua da Moeda, que já passou pela revitalização, afirma que a reforma da prefeitura foi benéfica, mas insuficiente. “Precisamos de mais luz. Temos uma enorme quantidade de postes, mas eles iluminam muito pouco. Além disso, a violência afasta os frequentadores”, conta.Ele destaca o tráfico de drogas durante a noite e a presença de flanelinhas. Eles chegam a cobrar até R$ 10 com pagamento antecipado às pessoas que estacionam seus carros próximo aos bares. “Certa vez, os flanelinhas assaltaram um casal que não queria pagar a taxa cobrada porque estavam estacionando em um local público”, lembra Reginaldo. A disputa por território entre os flanelinhas já acabou, inclusive, em homicídio.Ontem, a Secretaria de Defesa Social (SDS) começou a instalar câmeras de vigilância no bairro. Elas possuem ângulo de visão de 360 graus e são monitoradas durante 24 horas. Caso haja um flagrante, os policiais mais próximos da ocorrência são acionados. Com a medida, a SDS espera inibir o tráfico de drogas e reduzir o número de assaltos.

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Estado ganhará nova empresa aérea

Uma nova empresa aérea no Estado de Pernambuco está sendo criada para operar, principalmente, nas cidades nordestinas, em uma rota de até 400 quilômetros. A NOAR, como deve se chamar a nova empresa de aviação, terá a base operacional em uma capital do Nordeste, ainda desconhecida. De acordo com o jornal “Valor Econômico”, “a operadora de voo já nasce com ligações políticas relevantes.Um dos sócios da companhia (Djalma Cintra), que prefere não ter o nome revelado, por enquanto, é um dos conselheiros escolhidos pelo governador do Estado, Eduardo Campos, para o Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico e Social”. O projeto é encabeçado pelo empresário de Caruaru Vicente Jorge Espíndola Rodrigues e Luiz de França Leite, com 50% e 10% de participação, respectivamente.Espíndola e França, segundo o jornal “Valor”, já são sócios em diferentes empresas nordestinas. Entre elas estação de rádio, a Faculdade Vale do Ipojuca, e a TV Asa Branca, afiliada da Rede Globo. A empresa já teria fechado contrato para receber quatro turboélices novos do modelo 410 da LET, fabricante da República Tcheca. O outro sócio da empresa seria o empresário Mário Cesar Moreira, presidente de uma operadora de voo sediada no Rio de Janeiro.

GM inaugura central em setembro

Central de Distribuição de Veículos (CDV) da General Motors (GM) em Suape será inaugurada tão logo sejam concluídos o alfandegamento da Receita Federal e os acordos tributários com 14 Estados do Norte e Nordeste que vão receber os veículos importados da GM. “Estamos com o pátio pronto, com a validação da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) para o negócio e até o sistema de informática para que todos os carros sejam faturados em Pernambuco”, disse ontem o vice-presidente da GM do Brasil, José Carlos Pinheiro Neto, na Edição Suape do Circuito Amcham de Desenvolvimento Regional. O alfandegamento deve ser concluído em 60 dias e os acordos com os Estados em cerca de três semanas, apontando a inauguração da CDV para setembro. Segundo Pinheiro Neto, serão investidos US$ 15 milhões na primeira etapa da CDV, que começa com a importação de 20 mil veículos por ano, aumentando conforme o mercado. O vice-presidente de Suape, Sidnei Aires, selecionará o operador portuário e adianta que já adquiriu um sistema de operação de terminais de veículos para o pátio que tem 3,5 hectares e estava ocioso desde 2001, quando foram encerradas as operações da Fiat e da própria GM. Com a previsão da movimentação da GM, Ayres calcula uma receita anual de, no mínimo, R$ 500 mil para o Porto. Entre as vantagens logísticas de instalar a CDV em Suape, José Carlos Pinheiro Neto citou a economia de tempo de três a cinco dias das importações da fábrica da Argentina, que vão sair do Porto de Zárate para Suape, de onde também podem ser distribuídos, por cabotagem, os veículos produzidos no Brasil.RECUPERAÇÃOO reaquecimento do mercado de veículos no primeiro semestre com a venda de 1,5 milhão de carros no Brasil, elevou a participação da GM para 19,5% no mercado nacional e a expectativa é de um aumento de 5% nas vendas deste ano ou 580 mil unidades (30 mil a mais que em 2008). No ano passado, o setor sofreu o impacto da crise econômica mundial – responsável pela freada na indústria no último trimestre –, que derrubou as vendas de 3,2 milhões de veículos previstos para 2,7 milhões. Pinheiro Neto avisou que na próxima semana, junto com o presidente Lula, anunciará os investimentos de US$ 1 bilhão nas fábricas da GM de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Gravataí. O projeto prevê a produção de dois novos veículos que vão ser desenvolvidos ainda este ano para o mercado interno. Em Gravataí, a produção terá um acréscimo de 130 mil veículos por ano, passando de 220 mil para 360 mil. Com esse aumento, a instalação de uma montadora em Suape ficou mais longe. “É difícil imaginar. Quem dirá é o mercado. Hoje não temos esse projeto”, disse Pinheiro Neto.

Volume de investimentos no estado cresce 140% em 2009

A despeito da crise econômica mundial, o governo Eduardo Campos (PSB) caminha para seus últimos 18 meses com recursos garantidos não só para obras em andamento como para a realização de novas ações. A informação, divulgada ontem pelo secretário estadual de Planejamento e Gestão, Geraldo Júlio, é valiosa para uma administração que servirá de vitrine eleitoral para o socialista em 2010, quando ele tentará a reeleição.

A um ano do início da campanha, a expectativa é que as principais promessas apresentadas pelo então candidato em 2006 estejam ou na reta final ou em plena execução. Entre elas estão os três hospitais metropolitanos, as sete escolas técnicas, obras de saneamento e abastecimento d'água, melhoramentos em estradas (incluindo acesso pavimentado a municípios até então isolados) e em escolas.

Isso significa dizer que na reta final da gestão Eduardo terá pela frente uma maratona de inaugurações. Em outra palavras, contará com um trunfo que costuma agradar em cheio o eleitor e incomodar adversários.

Asdeclarações de Geraldo Júlio foram feitas em entrevista coletiva, ontem, durante a reunião em que o governador e os 27 comandantes das pastas estaduais avaliaram o desempenho da administração no primeiro semestre deste ano, ocorrida em Moreno. De acordo com o secretário, mesmo sofrendo reflexos negativos da crise e diante do cenário de pessimismo que se desenhava, o estado se preveniu de modo a não interromper ou deixar de executar o que estava projetado.

"Pernambuco não estava imune ao que ocorre no país e no mundo. Então, foram adotadas medidas que garantiram agilidade e eficiência", disse. Segundo Geraldo Júlio, apenas nos seis primeiros meses deste ano o crescimento nos investimentos foi de 140% em comparação com o mesmo período de 2008. Saiu de R$ 250 milhões para R$ 600 milhões. Já no cômputo anual, deve ser empregado R$ 1,3 bilhão em 2009.

Planejamento - Para chegar a esse total, o estado, de acordo com o secretário, conta com R$ 220 milhões de reserva (poupança feita em 2008), R$ 100 milhões obtidosde receitas de 2009, R$ 280 milhões de empréstimo do BNDES (num programa emergencial do governo federal), R$ 400 milhões captados junto a organismos financiadores e R$ 300 milhões oriundos de lucros de Suape, Copergas (Companhia Pernambucana de Gás) e Compesa (Companhia Pernambucana de Saneamento).