sexta-feira, 10 de julho de 2009

Bairro do Recife terá oito ruas revitalizadas

Edital de licitação para contratar empresa que fará a obra foi publicado no Diário Oficial de sábado. Se não houver contestação, a reforma começa no fim de setembro e deve terminar em abril de 2010Oito ruas do Bairro do Recife, na área central da cidade, terão o pavimento original recuperado e receberão luminárias novas. O edital de licitação para contratação da empresa que se responsabilizará pela obra foi publicado no Diário Oficial do último sábado. Os envelopes devem ser abertos no dia 8 de agosto. Se não houver contestação do resultado, a reforma começa no fim de setembro. A conclusão está prevista para abril de 2010.O projeto que será utilizado nas Ruas Vigário Tenório, Dona Maria César, da Assembléia, dos Arrecifes, Tomazina, Mariz de Barros e nas Travessas do Tuiuti e do Amorim é o mesmo elaborado pela equipe do ex-prefeito João Paulo. Durante o mandato, ele recuperou as Avenidas Cais da Alfândega e Alfredo Lisboa e as Ruas Madre de Deus, da Alfândega, Aluisio Magalhães, Aluisio Periquito e da Moeda.Na ocasião, o investimento total foi de R$ 2,1 milhões. O prefeito João da Costa disponibilizou mais R$ 1,4 milhão. As obras serão feitas através do programa Monumenta, do Governo do Estado com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O programa ainda destinará R$ 3,8 milhões para empréstimos, que serão utilizados na reforma de 22 imóveis do bairro. A homologação foi publicada no Diário Oficial durante a semana passada. A intenção da Prefeitura do Recife é aumentar o turismo na região, conhecida como Polo da Alfândega.As pessoas que trabalham na área vêem com ressalvas o projeto da Prefeitura. “Se há intenção de melhorar a urbanização, ótimo. Mas não basta reformar, é preciso dar condições para que a rua seja frequentada”, afirma o consultor gastronômico do boteco Burburinho, na Rua Tomazina, Ruben Grünpeter.Ele chama atenção para o potencial turístico do Bairro do Recife. “Como há poucas residências, não temos problema com o barulho que o bar gera, mas não há investimento na atração de turistas e os estabelecimentos vão fechando ou reduzindo de tamanho para poder sobreviver. A queda de mão de obra por aqui é brutal”, explica.O empresário Reginaldo Torres, 48 anos, dono de um bar na Rua da Moeda, que já passou pela revitalização, afirma que a reforma da prefeitura foi benéfica, mas insuficiente. “Precisamos de mais luz. Temos uma enorme quantidade de postes, mas eles iluminam muito pouco. Além disso, a violência afasta os frequentadores”, conta.Ele destaca o tráfico de drogas durante a noite e a presença de flanelinhas. Eles chegam a cobrar até R$ 10 com pagamento antecipado às pessoas que estacionam seus carros próximo aos bares. “Certa vez, os flanelinhas assaltaram um casal que não queria pagar a taxa cobrada porque estavam estacionando em um local público”, lembra Reginaldo. A disputa por território entre os flanelinhas já acabou, inclusive, em homicídio.Ontem, a Secretaria de Defesa Social (SDS) começou a instalar câmeras de vigilância no bairro. Elas possuem ângulo de visão de 360 graus e são monitoradas durante 24 horas. Caso haja um flagrante, os policiais mais próximos da ocorrência são acionados. Com a medida, a SDS espera inibir o tráfico de drogas e reduzir o número de assaltos.

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http://jc3.uol.com.br/jornal/2009/07/08/not_338013.php

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