sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

CIDADE DA COPA

O projeto enviado pelo governo para a Fifa tem um nome de impacto: “Cidade da Copa”, que vem a ser todo o conglomerado, formado por uma arena, um empreendimento imobiliário, um hospital metropolitano e o centro administrativo do Estado. Ao todo, adicionando-se algumas obras de infraestrutura a quantia a que se chega é de R$ 1,593 bilhão (ver quadro ao lado).Segundo o governo, “a nova cidade”, com capacidade para receber uma população de 36 mil – se for levada em consideração a média de quatro pessoas por residência – não vai custar quase nada aos cofres pernambucanos. A iniciativa privada e o governo federal, por meio do PAC, vão bancar quase toda a conta.Aliás, a Cidade da Copa vem com uma promessa. Por ser construída mais afastada do Centro do Recife – está a 12 km –, o governo pretende que o empreendimento seja uma referência de lazer para seus futuros moradores. A ideia é que eles possam ir a shows, apresentações e, claro, jogos de futebol. Como, porém, não se conhece o investidor do projeto, nenhum clube, até o momento, está agregado à praça esportiva.A parte essencial à realização da Copa, como a edificação da arena e obras de infraestrutura, notadamente na área de transporte público, ficarão prontas até 2012. A licitação para as empresas que desejam investir no megaprojeto, baseado na PPP (Parceria Público Privada), já deve ser lançada em edital em julho.No início do próximo ano, a arena, situada em São Lourenço da Mata, limite com o Recife no seu lado Sul, começa a ser construída. O prazo é curto. Para poder pleitear uma sede na Copa das Confederações, um ano antes do Mundial (ou seja, em junho de 2013), tudo tem de estar pronto no fim de 2012.“Tudo foi feito para que as metas fossem cumpridas. Se não estivéssemos preocupados com isso, certamente poderíamos ficar de fora da Copa das Confederações”, afirmou o governador Eduardo Campos. A arena multiuso custará R$ 500 milhões. O empreendimento imobiliário sairá por R$ 750 milhões – ele só deve estar 100% concluído em 2017 –, enquanto os hotéis e a área de negócios: R$ 220 milhões.Pesou para a decisão pela cidade vizinha do Recife o acesso ao complexo, que se situará às margens da BR-408 e nas proximidades das BRs 101 e 232. Além disso, os torcedores poderão chegar por meio de acessos nas Avenidas Caxangá e Abdias de Carvalho.Outras obras de infraestrutura serão entregues, como a construção da estação de metrô Cosme e Damião, que vai interligar as estações do Timbi e do TIP, e da implantação do terceiro hospital da RMR, Pelópidas da Silveira.“Assim que formos escolhidos, seremos beneficiados também pela ajuda que o Governo Federal vai dar para melhorarmos em infraestrutura. Vamos investir em saneamento básico, transporte, entre outras coisas. Os projetos já estão sendo elaborados para quando o nosso nome for escolhido, podermos lançar mão desses recursos”, disse o governador.

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