Um efeito bola de neve no preço do transporte coletivo da Região Metropolitana do Recife (RMR).
Depois do
aumento de 6,14% no valor das passagens de ônibus da RMR, aprovado ontem pela manhã e que começa a valer a partir da zero hora do próximo dia 26 (segunda-feira), a previsão é que as tarifas do metrô também sejam majoradas. Até o fim desta semana, a superintendência do órgão, no Recife, deverá confirmar o valor do reajuste, mas a previsão é de que fique no mesmo percentual dado aos coletivos. Há dois anos o preço do bilhete do metrô não tem aumento, mas desde o ano passado o Ministério das Cidades já havia autorizado um reajuste. Se for aprovado, o usuário vai desembolsar R$ 1,40 ao invés de R$ 1,30.O superintendente do Metrorec, Elias Silva, disse que, em geral, o percentual destinado às passagens do metrô é maior que o proposto para as tarifas dos ônibus, mas isso não deverá acontecer neste caso. "Normalmente o aumento é maior para que possamos chegar mais perto do anel A dos coletivos, mas diante da crise, vamos discutir o mesmo percentual", explicou Silva. Quanto aos ônibus interestaduais, o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ainda não sinalizou para aumentos.Objetividade - Ao contrário da última reunião para discutir aumento tarifário dos coletivos, a de ontem foi mais tranqüila e aconteceu dentro de uma hora e meia, no Grande Recife Consórcio de Transporte, no Cais de Santa Rita. O vereador Carlos Gueiros, representando a Câmara do Recife, propôs adiamento da votação do aumento para haver uma discussão mais profunda sobre o assunto. Porém, a maioria dos membros do Conselho Superior de Transporte Metropolitano (CSTM) decidiu pela aprovação imediata do valor proposto pela presidência do Grande Recife.O percentual de 6,14% ficou bem aquém do proposto pelo Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado de Pernambuco (Setrans - PE), que era de quase 30%. O presidente do Setrans, Fernando Bezerra, nem sequer esteve na reunião do conselho para votar no reajuste por considerar o valorirrisório. Também não mandou representante. O Diario de Pernambuco tentou entrar em contato com Bezerra, mas não obteve retorno das ligações.A proposta do Grande Recife tem como base o uso do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ao invés de considerar a planilha de custos do sistema, que era o modelo historicamente adotado. "É a forma mais justa de reajuste", destacou Dilson Peixoto. A decisão de ontem foi encaminhada para a Agência Reguladora de Pernambuco (Arpe), que irá arredondar os valores.O secretário estadual das Cidades, Humberto Costa, que também preside o conselho, disse que assuntos como distorções nos preços das passagens da RMR e outros deverão ser discutidos no processo de licitação das linhas de ônibus, em abril.
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