sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Governador fala sobre a Arena

Em nítido clima de “já ganhou”, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, não só apresentou, ontem, no Palácio do Campo das Princesas, o projeto da arena que será construída em São Lourenço da Mata para receber jogos da Copa do Mundo de 2014, como se mostrou confiante na escolha do Estado para ser uma das 12 subsedes brasileiras escolhidas pela Fifa para receber o evento. O projeto enviado à entidade internacional é ambicioso. Na realidade, bilionário. Além da praça esportiva, o local comportará um grande empreendimento imobiliário – com 9 mil moradias –, batizado de Cidade da Copa, que redundará num investimento de quase R$ 1,6 bilhão. A escolha das cidades pela Fifa sai no fim de março.“Entramos na disputa para ganhar. Pernambuco merece receber a Copa. Não só por causa do que apresentamos há quase dois anos, na visita de Ricardo Teixeira ao Recife. Mas por tudo que nós representamos para o futebol brasileiro. O povo pernambucano tem um carinho especial pela seleção brasileira. Por todo o trabalho que também tivemos, vamos sediar a Copa”, afirmou o governador.A aspiração pernambucana teve início, oficialmente, no primeiro semestre de 2007. Na ocasião, com a presença do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, o governador apresentou o primeiro projeto, que tinha a Arena Recife-Olinda – estádio que seria construído na área perto do Centro de Convenções, no Complexo de Salgadinho – como a sua principal estrela. De lá para cá, mudanças ocorreram. Em 2008, temendo pela dificuldade de construir a praça esportiva em Olinda, outras duas áreas, uma no Jiquiá e outra em São Lourenço da Mata, foram adicionadas para estudos de viabilidade.Em novembro último, concluído o período de análise, a área de São Lourenço da Mata desbancou as demais. Em fevereiro, num dia indefinido, inspetores da Fifa virão até o Estado para conferir o projeto enviado ontem. “Não basta só colocar no papel o que vamos fazer. Eles virão aqui para saber se tudo que falamos no projeto é verdade. Estamos tranquilos. Entramos nessa disputa para vencer. Sabemos que fizemos o melhor para a trazer a Copa para Pernambuco”, afirmou.O governador citou as dificuldades de se chegar a um Caderno de Encargos que estivesse à altura da Fifa e afirmou que o desejo de ganhar o direito a sediar a Copa o fez optar por um projeto ambicioso aos olhos dos dirigentes da entidade futebolística internacional.“A decisão ocorreu com respeito aos torcedores e aos clubes pernambucanos, que desejavam assistir à Copa nos seus respectivos estádios. Mas o caderno de encargos é rígido. Na Fifa não tem isso de jeitinho. Por isso, enviamos um projeto bem feito. Para se ter uma ideia, a área do Jiquiá, uma das que estávamos estudando para fechar o projeto, não comportava um estacionamento para seis mil carros – o da nova arena tem 1,8 mil só na parte subterrânea –, mas tínhamos que construí-los. Então, optamos pelo projeto que seria mais seguro”, contou.Além da questão histórica que remonta a um passado brilhante no futebol, com vários jogadores campeões mundiais, exemplos do meia Rivaldo e do zagueiro Ricardo Rocha, só para citar os mais recentes, o governador exaltou o bom momento econômico do Estado: “Selecionar 12 praças e não selecionar o Estado que mais cresce economicamente é impossível”, discursou confiante.

Nenhum comentário: