quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Pernambuco deve ter mais R$ 1 bilhão do BNB em 2009

No que depender do avanço da economia local, o Banco do Nordeste (BNB) tem como meta para Pernambuco em 2009 manter o índice de desenvolvimento crescente com a injeção de mais R$ 1 bilhão em projetos estratégicos. O anúncio foi feito ontem durante a apresentação dos resultados operacionais de 2008, com boas previsões para este ano. A instituição ultrapassou a marca de R$ 13 bilhões aplicados em sua área de atuação, que compreende toda a Região Nordeste e o norte dos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais. Somente em Pernambuco, o banco injetou quase R$ 2 bilhões, um aumento de 110% em relação a 2007.Durante apresentação dos dados, o superintendente do BNB em Pernambuco, Sérgio Maia, confirmou os números e destacou a atuação da instituição, bem como o fortalecimento da economia pernambucana. "Desde 2002, nossos índices se encontram em escala crescente e no ano passado conquistamos mais um recorde. Só com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), alcançamos mais de R$ 1 bilhão", afirmou. O banco obteve um crescimento de mais de 200% em relação a 2007, quando o volume de negócios gerados atingiu R$ 860 milhões. Pernambuco participou com 11% do total aplicado no Nordeste.Além do FNE, principal fonte de investimentos, o Banco do Nordeste também comemorou os resultados obtidos nas contratações para as micro e pequenas empresas. Os investimentos na infraestrutura de Pernambuco e o crescimento do setor comercial no Interior do estado foram fatores responsáveis pelo atendimento de cerca de 8 mil novas contratações, conforme a política de interiorização para atingir outras regiões. O montante final de negócios gerados pelas MPE's superou a marca de R$ 140 milhões. Para 2009, a previsão é de que os números cheguem a R$ 190 milhões.De acordo com Sérgio Maia, alguns programas especiais, como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), terão focos diferenciados no sentido de renegociar dívidas e conscientizar os produtores rurais. "A produção rural geralmente se consolida no primeiro semestre, quando há uma grande concentração de crédito. Daremos um foco especial para os produtores renegociarem suas dívidas com a possibilidade de novos financiamentos", disse.O superintendente também destacou o setor informal, através do Programa de Microcrédito do BNB (Crediamigo), cujo índice de inadimplência em Pernambuco atingiu 3,8%. O patamar geral ficou abaixo de 1%. A adimplência do setor alcooleiro, segundo a superintendência, manteve-se em 100%. Em relação ao setor de recuperação de crédito, houve uma pequena redução dos valores em comparação a 2007, fator considerado normal por conta de grande parte dos créditos concedidos estarem relacionados à agricultura familiar.Na opinião de Sérgio Maia, o Banco do Nordeste manterá as metas de crescimento projetadas para este ano à medida em que os polos industriais de Pernambuco recebem mais investimentos. "Uma das nossas prioridades é fortalecer alguns setores para que acompanhem o crescimento de Suape e de outros polos de investimentos que vão se instalar em Pernambuco", ressaltou.

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